terça-feira, 30 de agosto de 2011

Herança Lusa

A GRANDE HERANÇA LUSA

Para Joaquim e Olívia,
in memoriam

1

CAMINHOS DA HISTÓRIA


Salve, salve, Portugal!
terra mãe dos fundadores do Brasil
portentosa nação;
berço abençoado de colonizadores,
de gente simples e de doutores,
de homens fortes, dedicados e sábios
que, num esforço sem igual,
criaram este país continente, colossal.

Os caminhos da história
conduziram os portugueses para cá.
Uma força irresistível
os impeliu,
e aqui chegaram!

Não foi por acaso, não!
É uma questão de predestinação?
A força de seu espírito aventureiro
não se continha por lá.

Desta terra fizeram sua nova pátria
que à posteridade legaram.
Suas vidas integrais
a esta nova terra entregaram.
Aqui, um novo império construíram.


 Enquanto outros, pelo mundo afora,
os prazeres da vida desfrutavam,
os portugueses seu anseio realizaram.
Com amor, suor e vigor,
com muita competência e persistência,
com muita e total dedicação,
com muito trabalho e emoção, 
seu intento alcançaram.
Honra nos legaram.

2

DEUS AJUDOU


"Ajuda-te que Deus te ajuda",
profetizavam nossos pais em Portugal.
Uma fé forte, inabalável e competente;
Fé em Deus e confiança nos próprios braços;
no poder do trabalho,
no resultado do esforço e dedicação,
da persistência e da cooperação.

O único milagre que esperavam
foi o resultado certo
de seu trabalho incansável.
Pedra por pedra
um grande edifício construíram.

A Deus apenas suplicavam
saúde e coragem
para prosseguir viagem,
e que pelos seus, em sua terra velasse.
De seu original torrão,
um pedaço de seu coração
nunca se afastou.

E o intrépido luso aqui chegou,
seu espaço conquistou,
a novos costumes se amoldou,
ao trabalho se dedicou,
sem cessar, sem retroceder,
e Deus o ajudou!



3

MONUMENTO AO LUSO-IMIGRANTE

O lema infalível de nossa gente funcionou:
"Deus ajuda
quem cedo madruga."
Esta a mensagem
que sua mãe sempre lhe segredou.
Nesta fé o português nasceu e se criou.
A gente lusa.

Nesta fé, viveu e sonhou,
amou e trabalhou.
Com esta fé aqui chegou
e um grande império implantou.

Seus vigorosos filhos, sua família,
aqui constituiu.
Para o progresso nacional
sempre contribuiu.
Ao findar seus dias
o fruto de seu trabalho aqui deixou.
Nada daqui levou.

Que lição de amor e de vida nos legou!
Aqui deixou sua empreendedora prole,
suas lições de amor à terra,
e à natureza, 
com que tão bem se relacionou.
Aqui sempre proclamou,
na prática, sem palavras,
suas lições de honradez,
dedicação e intrepidez,
de carinho, fraternidade e emoção,
compartilhou com todos o seu pão!




4

LIÇÕES MONUMENTAIS

Homens simples e às vezes rudes,
sem vaidades falaciosas,
ou vã e fátua arrogância,
deixaram lições monumentais
de humanismo e bonança.

O majestoso nascer do sol
e o exuberante esmaecer do entardecer,
o compensador resultado de seu trabalho,
a alegria de sua família
já o enchiam de felicidade.
Resultados exigia e não mordomias.

Até seu corpo forte, férreo, sadio,
após anos de amor e trabalho diuturno
a esta terra, orgulhoso, entregou.
Sua alma aos céus voou.
Mas sua bênção benfazeja,
o fruto de seu trabalho,
sua luz,
conosco para sempre ficou!

P.S.
     Este poema foi inspirado em pessoas conhecidas, onde este canto não passa de pálida homenagem. Nem todos os portugueses são assim. Alguns, cegos pela ganância e pela conseqüente arrogância, não tem nada a ver com o que aqui se escreveu. O português é um ser humano a quem a natureza, a cultura e a história dotaram de alguns predicados muito especiais.
      Mas por toda a parte há e sempre haverá pessoas do bem e pessoas do mal. O semeador de cizânia escolhe os melhores trigais.
   O português tradicional é um cidadão lúcido, cordato, fraternal e empreendedor, consciente de seus direitos, deveres, limitações e potencialidades. É uma pessoa civilizada. Como em todos os povos, também aqui há indivíduos bárbaros e selvagens, sem educação, sem ética. Mas estes não merecem memória, nem fazem parte da história. A morte é o seu fim. Aqui falamos de GENTE que sobrevive na memória de seu povo. Para quem a vida não cessa. Gente sobre quem a morte não tem poder.
Quem homenageia o que merece, a si mesmo ilumina.
      Esta é a herança monumental que a gente lusa nos legou, e que, para sempre, aqui frutificará e se multiplicará de prosperidade e honradez os melhores, a todos ensinará. Este país ficará melhor.



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

memorial

MEMORIAL DA FAMÍLIA PERALTA
ÍNDICE

PRÓLOGO

CAPÍTULO – 01
CENTENÁRIO DE JOAQUIM E OLÍVIA
Celebração da Família Luso-Brasileira

APRESENTAÇÃO – CELEBRAÇÃO DA FAMÍLIA LUSO-BRASILEIRA
I – CELEBRANDO NOSSAS RAÍZES

II – CONVIVÊNCIAS, SEM FRONTEIRAS

III – UMA FAMÍLIA MULTIFORME

IV – EFICIÊNCIA NA DIVERSIDADE

V – FAMÍLIA ATUANTE E DEDICADA

VI – FAMÍLIA MULTIPLICADA E PLURAL

VII – SUCESSOS, PERCALÇOS E SOLIDARIEDADE

VIII – SOLIDARIEDADE FAMILIAR

CAPÍTULO - 02
SAGA DE UMA FAMÍLIA EMPREENDEDORA

 I – UM TRANSPLANTE ACERTADO

II – A GRANDE SAGA DA FAMÍLIA, NO BRASIL

III – UMA FAMÍLIA EMPREENDEDORA
            Laços de Família – Antecessores [Em Construção]


CAPÍTULO – 03
SAGA DE UMA FAMÍLIA
Oito Irmãos Ousados
I – GÊNESE DA FAMÍLIA PERALTA
       
II - PRIMEIRA GERAÇÃO DA FAMÍLIA NO BRASIL

CAPÍTULO – 04
JOAQUIM E OLÍVIA
Vidas Dedicadas e Empreendedoras

CAPÍTULO – 05
A CASA GANDARESA
Modelo de Arquitetura Regional
I – ARTICULAÇÃO DA VIDA DOMÉSTICA
II – MODELO DE CASA GANDARESA
III – DONA BERLENGAS
IV – ANEXO – MEUS OITO ANOS
CAPÍTULO – 06
FAMÍLIA PERALTA NO MUNDO

CAPÍTULO – 07
ÍCONES REGIONAIS DA TERRA NATAL
I – IMAGENS COMO PONTOS DE REFERÊNCIA
II – LEMBRANÇAS DE VAGOS E REGIÃO
III – LEMBRANÇAS DE CUBATÃO E REGIÃO

CAPÍTULO – 08
SABEDORIA DA FAMÍLIA PORTUGUESA
I – REFLEXÕES PRELIMINARES
II – ESTÍMULO À AÇÃO
III – DESAFIOS CONTRA A IMPROVISAÇÃO
IV – REFLEXÃO FINAL

CAPÍTULO – 09
LUMIÃO E A AVENTURA NO MAR
I – ARTE XÁVEGA – PESCA MARÍTIMA ARTESANAL
II – AGITAÇÃO PÓS-PESCARIA

CAPÍTULO – 10
GRANDES FESTAS ANUAIS

I - ROMARIA AO SANTUÁRIO DE NOSSA SENHORA DE VAGOS
II – NATAL EM FAMÍLIA
CAPÍTULO – 11
HÁBITOS DA FAMÍLIA


CAPÍTULO – 12
VALORES MORAIS DA COMUNIDADE


CAPÍTULO – 13
VISÃO DO BRASIL
À Chegada da Família


EPÍLOGO
MEMORIAL DA FAMÍLIA

TE DEUM LAUDAMUS

ANEXOS
MIRACULOSA, RAINHA DO CÉU
SALMO 22
CANTO DA PAZ NA TERRA

TEXTOS COMPLEMENTARES
GENTE LUSA
MEU BARCO SOU EU

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

memorial


MEMORIAL DA FAMÍLIA PERALTA
SOLO NATAL - NOSSAS RAÍZES

PRÓLOGO
FORÇA DA GÊNESE FAMILIAR

1. Há muitos anos, os meus filhos me pedem que lhes deixe uma história-crônica de nossa família  e de nossas origens genealógicas e culturais
Na realidade, querem um Memorial da Família. É um direito deles. As pessoas precisam conhecer suas raízes próximas.
Espero atender-lhes a vontade de saber e de conhecer algo sobre os seus antepassados recentes. Que sejam sementes de confraternização, entre gerações.
Quero apresentar-lhes uma história real, sem artificialismos, onde eles  realmente possam se encontrar, identificar e honrar  seus ancestrais, de Portugal, que aprenderam a amar e respeitar, como respeitam e amam o Brasil.
Dou um breve testemunho do que vi, ouvi, vivi e senti.
Há anos venho colhendo ideias para escrever essa história/crônica, que tem em Portugal um de seus Pilares.
Aqui faço apenas  um esboço inicial que, se tiver tempo, documentos e fotos, poderei ampliar.
Logo que possa, farei o Memorial - Álbum, do ramo “José e Inez”.
Como pressinto, sei que estas crônicas poderão provocar rejeição de alguns. Por isso, darei por encerrado esta parte. Outras virão a seu tempo. Quem quiser propor outras abordagens, escreva. Não se cale e nem sussurre sua discordância.

2. A gênese de minha gente, da Família Peralta, está em Vagos – Aveiro e arredores. Está em Portugal.
Aí estão nossas primeiras experiências de vida.
Aí começamos a despertar para a busca do conhecimento.
Aí começamos a aprender a viver, a conviver, sentir a realidade e a sonhar.
Aí aprendemos a amar, a respeitar e a conviver.
Aí aprendemos as palavras chaves da convivência: por favor; com licença;  desculpe; muito obrigado.
Aí começamos a observar os fenômenos da natureza: a chuva de granizo, a água gelada, o imenso mar, e a terra, morada dos humanos, e dos animais irracionais, das plantas, e da passarada.
Aí começamos a descobrir o céu estrelado e as constelações celestes.
Aprendemos a apreciar a natureza e as quatro estações do ano.
Aí aprendemos a ser humanos, cordiais e gentis; a ser altivos, leais.
Aprendemos o sentido e as dimensões da dignidade humana.
Aí aprendemos o prazer do trabalho. Aprendemos a ser amáveis e solidários. Aprendemos o sabor de uma leal amizade.
Aí aprendemos os valores básicos do relacionamento entre as pessoas e com Deus.  Aprendemos a amar e respeitar a vida e todo mundo em redor.
Aprendemos que a realidade da vida é sempre complexa. Que podemos olhar a vida de muitos pontos de vista. Aqui, olho os fatos, do ponto de vista em que me posiciono.

3. Aqui alinhavo alguns elementos dessa complexa crônica.
Falo desses espaços, tal qual os vi, vivi e senti, quando por lá andei, até os meus 18 anos. Até Fevereiro de 1956. Falo do que lá vejo hoje. Falo de elementos  permanentes e de elementos transitórios.
Joaquim e Olívia não descobriram o Brasil, não foram Imperadores, nem ganharam Premio Nobel de nada. Foram muito mais que aqueles: foram heróis  do cotidiano: educaram oito filhos e fizeram muito pelos seus e pelo seu povo brasileiro, de Cubatão  e muito além.
Sei que, de longe, no tempo e no espaço, tendemos a fazer heróis, a gente simples. Vemos a realidade em outras dimensões. Muitas coisas entram em nossa mente, pelos desvãos do sonho. Às vezes vemos melhor de longe do que de perto. O valor está no espírito e na alma  das coisas.
Pois eu vejo e prezo, como  heróis, mais os heróis do cotidiano, do que os heróis oficiais, que também podem ter o seu valor. Não os discuto. A alguns  destes  também prezo muito.
Joaquim e Olívia  foram heróis do cotidiano, 24 horas por dia  e 12 meses por ano.

4. Neste estudo, tento reunir elementos para a articulação da História da Família Peralta. Abordo a gênese da família. Os elementos comuns a todos os oito irmãos, até a diversificação profissional, valorizando todos por igual.
Tento restabelecer a verdade histórica, para que não haja mais oportunidade de uso  indevido de dados  inventados e levados a imprensa. Somos todos responsáveis pelo patrimônio moral familiar do qual ninguém detém o monopólio. Estou apenas tentando fazer a minha parte.
Faço também um breve estudo das gerações  anteriores de nossos pais. Centro o estudo nas famílias Peralta e Jorge, Bechina e Sarabando. Passo depois às Famílias João e Neves. Tudo famílias entrelaçadas. Peralta e Jorge, assim como Bechina e Sarabando, seria um único tronco familiar. Hipótese viável, a retomar. A hipótese  é da prima Maria Alice Sarabando que está pesquisando, para nós, no arquivo do Registro Civil.
No final desta pesquisa acredito que descobriremos, de fato, a gênese da nossa grande Família.

5. A vida de Joaquim, Olívia e dos oito irmãos, até 1968, é uma vida plena de aventuras, numa sociedade simples.
Situa-se na sociedade pré-industrial e na Primeira  fase da virada  da industrialização, na década de 60.
A vida transcorria livre, em campo aberto.
Para entender a evolução  e a aventura da Família Peralta, precisamos situá-la em cada fase de sua história.

6. Sei como a massificação consumista vai derrubando monumentos de cultura, como um feroz  trator, sem respeito pelo passado nem pelo futuro.
Neste texto, tento resistir a essa fatalidade que tenta fazer evaporar identidades e culturas.
Meu olhar sobre o meu país, sobre o meu torrão natal, não é um olhar de um homem que chega e quer americanizar o seu mundo com a estupidez de uma civilização sem alma, desalmada, que só pensa em brilhos  cromáticos. Chego, observo e convivo.
Não. O brilho cromático não me diz nada. Ou diz-me muito pouco.  Procuro olhar a civilização a partir de valores  essenciais, sem me perder em fatuidades.
É a consequência de ter querido ser filósofo, educador, humanista, e até cuidar das finanças.
Penso e procuro encontrar o subconsciente coletivo de meu povo e não as superficialidades ocasionais, propaladas e manipuladas pelos políticos e pelos meios de comunicação, interessados em faturar.
Penso no Portugal real e não no Portugal oficial de certos governos  traiçoeiros, que sempre querem  levar vantagens pessoais.
Portugal não é uma grande economia, mas é um imenso arsenal de história e cultura, um espaço de querer bem. É um país agradável, saudável e acolhedor. Este é um imenso galardão.

7. Depois de muitas protelações, finalmente consegui alinhavar algumas ideias e colocá-las no papel.
O centenário do nosso Pai e de nossa Mãe, nascidos  no Lumião-Vagos, com muita honra, deu motivação para me dedicar a este esforço concentrado.
Jamais me envergonho do meu povo. Antes, dele me honro e tenho motivos suficientes para isto.
Nossa pátria começa dentro da  nossa porta.
Os traidores, os corruptos e os politiqueiros não são o meu povo. São vendidos. Estrangeirados. Agentes Duplos. Estes também existem e proliferam, mas estão do outro lado. A cizânia cresce nos bons trigais.
De tudo vou fazendo um Memorial. Espero estar sendo útil à família e aos amigos.
Como nada n avida acontece por acaso, atrás dos fatos podemos ler que a família veio com uma  missão a desenvolver no Brasil. Mas isto é outra história.

8. Este é o  Portugal, é o Vagos e é o  Aveiro que levo à consideração de meus irmãos filhos e amigos, para que sempre se honrem de suas raízes e não se deixem cegar por trapaceiros. Passemos longe destes e poderemos observar e apreciar muitas coisas de real interesse cultural, que lhe enchem a mente e o coração.
Exponho aqui, realidades memoráveis, que não podem se perder, na avalanche das modernidades triviais e transitórias, de um mundo desconcertado e desconcertante, que alguns querem levantar, sobre os escombros da civilização.
Joaquim e Olívia sabiam, na prática,  que só o amor constrói. Por amor se  conheceram e uniram seus destinos mútuos, por amor trabalharam,  viveram e conviveram intensamente; por amor  superaram muitas adversidades,. Bem sabiam que só o amor  vence ódios, contrariedades e rivalidades. Nunca subestimaram o inimigo, que sempre espreita pelas esquinas, como o semeador de cizânia no trigal...
Apesar das contradições, inerentes à condição humana, “Portugal é um imenso Jardim, à Beira Mar Plantado”.

9. Que cada um cultive também um belo e variado jardim, na alma de sua família, e aí se reúna, de vez em quando, para compartilhar alegrias e preocupações, para renovar a amizade leal e sincera e o amor fraternal.
Viver é compartilhar o bem; é acender, cada dia o fogo do amor, que sempre aquece, em tempo de frio ou de calor.
Irmão, faça de seu coração uma gruta, cercada por amplos jardins,
onde seus familiares e amigos encontrem, sempre, gentil acolhimento,
um caldo quente, uma palavra amiga e um sorriso acolhedor.
Não deixe que murchem  as flores de seu jardim interior. Cuide dele.

10. Neste texto apenas semeio palavras.
Sabemos que palavras são veículos de ideias, emoções e de informações. São convite à reflexão.
Que todas estas palavras sejam boas sementes. Que umas possam  germinar em árvores frondosas, que acolham as aves do céu e dêem sombra às pessoas, e que outras germinem em hortaliças, para dar sabor às nossas refeição.
Todas as Famílias têm muitas histórias belas para contar. Vamos começar a contar nossas histórias, para repassá-las às próximas gerações?
Quando na vida sentirmos que as melhores ideias e os melhores projetos vão sendo dificultados, não desanimemos. Nunca desistamos. Lembremos o que diz o poeta brasileiro, Gonçalves Dias, na Canção do Tamoio.
Canção do Tamoio
(Natalícia)

   A vida
 
  É luta renhida:
 
  Viver é lutar.
 
  A vida é combate,
 
  Que os fracos abate,
 
  Que os fortes, os bravos
 
  Só pode exaltar.

1

Capítulo - 01
SAGA DA FAMÍLIA PERALTA, NO BRASIL
CENTENÁRIO DE JOAQUIM E OLÍVIA

Apresentação

CELEBRAÇÃO DA FAMÍLIA LUSO-BRASILEIRA

1. A história de uma família operosa que se destaca, é  necessariamente uma história de ousadias, de coragem, dedicação, persistência e de muitas utopias. É uma história que dá gosto recordar e passar adiante, para que a memória não feneça e nos empobreça.
Inspirado no projeto de  comemoração do Centenário de Nascimento do casal, Joaquim e Olívia, que implantou uma Família Peralta, no Brasil, transplantada de Portugal, minha mente foi assediada por um turbilhão de ideias.
Celebrando um centenário, celebramos a vida; celebramos o passado,  o presente e o futuro.
Há muitas Famílias Peralta, no Brasil. Falamos de uma  específica, marcada  pelos genitores.

2. Parei para escrever um texto de duas laudas. Após cumprida  esta missão, novas ideias foram brotando, de algum manancial desconhecido, que deu partida para a redação de um esboço da Saga da Família Peralta, no Brasil, agora caracterizada, em suas amplas dimensões, como uma família Luso-Brasileira.
Verifiquei que estamos também comemorando os 60 anos de efetiva e densa contribuição da Família, para o desenvolvimento deste país continental, iniciada com a chegada de Joaquim, no dia 07 de Março de 1951.
Olívia, com todos os seus oito filhos, aqui chegaram, no dia 26 de Fevereiro de 1956.
A família faz sua parte, com muita honra, e com muitos méritos, como outras famílias dedicadas também fazem.

3. Somos oito irmãos, todos muito diferentes, em muitos pontos, mas, além das diferenças, todos se querem bem.
Todos têm muitas qualidades e alguns defeitos, como é próprio da condição humana. As falhas de percurso têm solução. Só não há solução para a omissão.
Pelo casamento, agregamos novas famílias, ao nosso tronco comum. E a vida continua. E se expande.
Para além das diferenças e eventuais  ressentimentos, valorizamos a essência comum que nos une. Assim, poderemos superar o que nos separa.

A vida é uma nau, sempre a zarpar. Viver é navegar. Quem navega em alto mar está sujeito a eventuais tempestades. Não corre menos riscos quem fica na praia, apenas a olhar, sem ousar.

4. Neste texto faz-se uma síntese das ideias-força que orientam e impulsionam a vida familiar e sua atuação na sociedade.
Profissionalmente, como veremos, a nossa Família atua, e sempre atuou, em três setores diferentes,  com grande competência e eficiência.

Aqui rememoramos a saga de uma família simples e altiva, para quem a marca da nobreza é o trabalho, a honra, o respeito à dignidade humana e à responsabilidade social.
Não queremos ser melhores, nem maiores e nem superiores a ninguém. Apenas queremos descobrir e conhecer o que somos. Queremos conhecer e celebrar as bênçãos com que Deus engrandeceu as nossas famílias e os nossos amigos.
Queremos implantar melhorias contínuas em tudo o que fazemos, sem esmorecer. Não podemos retroceder.
Queremos que, de uma à outra geração, a vida melhore e a ousadia também.
Queremos ajudar o Brasil e crescer sempre, com qualidade e ética.

5. Queremos narrar às gerações futuras o poder do Senhor e as Maravilhas com que nos abençoou, como manda o Salmo 78:
Não escondamos de nossos filhos, o que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram os nossos pais”.
Se formos pessoas dignas e lutarmos pelo bem comum e pelo bem-estar social, nossos filhos saberão honrar nossas obras e dar-lhes continuidade. Saberão dar glória a Deus.
Este é o grande objetivo da Família, que neste texto queremos perpetuar.
I
CELEBRANDO NOSSAS RAÍZES
1. Laços de Família
Celebramos, solidários, o Centenário de nascimento do casal Joaquim e Olívia, fundadores de uma Família Peralta, no Brasil.
Olívia de Jesus Peralta nasceu, no Distrito de Aveiro – Portugal, no dia 04 de Novembro de 1910 e faleceu em 15 de setembro de 1988.
Joaquim Jorge Peralta  nasceu, no Distrito de Aveiro – Portugal, no dia  01 de Setembro de 1911 e faleceu em São Paulo, em 1989.
Os ramos familiares que deram origem a família Peralta, em Vagos, da parte de Joaquim, são os Peralta e os Bechina e Sarabando (Antônio e Teresa). Da parte de Olívia, são os João e os Neves (Florinda e Joaquim).
Os Sarabando são uma família de amigos fraternais que muito se destacam. Gente amiga, altiva, dedicada e generosa. Relacionamo-nos como irmãos. Sempre assim foi, desde Maria Augusta e João Simões das Neves, e seus Filhos e netos, há três gerações.

Porque cremos em Cristo, sabemos que “Quem crê terá a vida eterna”.
Ao Celebrar o Centenário de nossos antepassados, celebramos a amizade e a fraternidade; celebramos a vida e a paz. Não é uma simples celebração ritual.

2. Celebrar é Compartilhar  Alegria
A Família Peralta quer compartilhar as alegria  desta celebração, com todos os seus familiares e amigos, de Portugal e do Brasil.
Todos irmanados, num só coração e numa só alma.
Solidariamente nos congratulamos, com outros familiares, que nestes anos fazem também seu auspicioso centenário. 
No silêncio de nossa alma, congratulamo-nos com todos, solidariamente.
As árvores mais fortes crescem juntas. As aves peregrinas voam juntas.
Faz bem, ao nosso coração, o cultivo à memória de nossos antepassados, sempre queridos e eterno estímulo.
Faz bem saber que temos raízes fortes e sadias.
Faz bem recordar as amizades mútuas e leais que nos alegram e aquecem o coração, fazendo a vida mais amena e mais prazerosa.
As diferenças mútuas nos garantem a própria identidade pessoal e grupal.
Faz bem sentir e saber que, para além das diferenças, temos algo essencial que nos une e reúne: nosso pai e nossa mãe. A razão precisa sempre superar a emoção. O que nos une e reúne é o amor e a confraternização. Celebramos a vida.



3. Celebrar, Reunir e Superar
Ao celebrar a memória de nossos antepassados, celebramos a vitalidade do sangue que corre em nossas veias. Celebramos a vida. Celebramos o amor.
Nossos Pais, Joaquim e Olívia são o forte elo de união, que nos ajuda a  superar as diferenças que  nos  caracterizam, e até a superar os nossos desentendimentos.

É muito bom poder mostrar, aos nossos filhos que, neste mundo  monetarizado, interesseiro, e até traiçoeiro, sempre podem contar com amizades sinceras e leais, situadas muito além dos pequenos interesses materiais, apenas pelo prazer de  ser, de conviver e de compartilhar a vida, sempre com alegria no coração. O segredo é não se deixar enganar pelos falsários disfarçados.
É bom mostrar-lhes que tudo na vida vale a pena, quando a alma não é pequena, como diz nosso poeta.
Podemos então proclamar que nem só de pão vive o homem, mas que, sem o pão, não dá para viver.
No entanto, a vida pede muito mais, de cada um de nós.

4. Celebrar é Retribuir Generosidade
Queremos festejar, juntos, e nos alegrar, pela herança honrosa, herança abençoada e generosidade que nossos antepassados recentes nos legaram. Celebrar é retribuir generosidade.
Queremos também legar essa herança aos nossos filhos, como algo essencial e precioso.
Quem tem uma família honrada, generosa e atuante tem um tesouro escondido, que ninguém poderá lhe tirar.
Nós nos orgulhamos de nossos Pais. Nós nos orgulhamos de nossas Famílias.
Façamos como nossos pais: deixemos o mundo melhor do que  o encontramos. Façamos a nossa parte, como eles fizeram a deles. Não cruzemos os braços inertes.
Celebremos as virtudes que ornaram a fronte e o caráter daqueles que nos deram a vida e com quem convivemos.
Celebrar é um  exercício de gratidão entre irmãos.
Recordar é viver e reviver. Recordar o que é bom e alvissareiro nos traz alegria. É felicidade imortal.
Estamos aqui revivendo a memória de um passado de alguém que não passou, pois vive em todos nós e junto do Pai eterno.
Sabemos que isto vale a pena, pois o casal celebrado tinha, na alma, muita grandeza.
Quem crê em mim, viverá eternamente”, disse Cristo. (João 11:25,26)

II
CONVIVÊNCIA SEM FRONTEIRAS

5. Narrar os Feitos às Novas Gerações
Para justificar esta celebração, ouçamos o que nosso Deus nos diz, na Bíblia, no Salmo 78:
Escuta, meu povo, os meus ensinamentos; presta atenção às palavras da minha boca. Vou abrir a minha boca, através de parábolas: vou esclarecer (revelar) os enigmas do passado.
Não escondamos, aos nossos filhos, o que ouvimos e aprendemos, o que nos contaram os nossos pais.
Narremos às gerações futuras, o louvor do Senhor, o seu poder e as maravilhas que realizou. Para que (a memória dos grandes feitos) seja preservada, no coração das gerações vindouras, pelos filhos de hoje e pelos que ainda hão de nascer. Para que também estes saibam contar  a seus filhos (as maravilhas da vida)”. Salmo 78:1,7
Não se acende uma lâmpada, para escondê-la debaixo de um balde.
Devemos colocá-la em cima da mesa, para que ilumine a todos”, disse Cristo.
Vós sois a luz do mundo. Não se pode esconder uma cidade situada sobre um monte; nem se acende uma lâmpada para a colocar debaixo do alqueire, mas sobre o candelabro, onde brilha para todos os que estão em casa. Assim deve brilhar a vossa luz diante dos homens, para que, vendo as vossas boas obras, glorifiquem o vosso Pai que está nos Céu” (Mateus 5: 13-16)

6. Abertura de Oportunidades
Os amigos de nossos pais eram os portugueses e os brasileiros de todo o país, com destaque para  os paulistas, nordestinos e mineiros e todos os demais, brancos, morenos ou negros. Seus amigos eram também outros Europeus, que viviam em Cubatão e arredores. Todos sempre foram  solidários  com nossa família. Trataram-se todos fraternalmente.
Muitos milhares destes foram parceiros no trabalho, crescendo juntos, levando prosperidade e bem-estar para seus filhos, para suas famílias.
As empresas da família sempre abriram milhares de  postos de trabalho, para distribuir a riqueza gerada por todos, solidariamente.
A família levou sempre desenvolvimento, nos campos que atuou e investiu.
Tempos bons, aqueles, em que todos se conheciam, todos se respeitavam e todos conviviam, sem barreiras.
Hoje, os tempos são outros. A malandragem se espalhou, como veneno, no tecido social. Mas o respeito das pessoas dignas é o mesmo, sem limites.

7. Companheiros de Jornada
Joaquim e Olívia relacionavam-se, prazerosamente, com toda a gente, sem distinção de povos ou de raças. Tratavam todos como irmãos e companheiros de jornada, com muito respeito, e assim eram tratados. O respeito sempre foi mútuo.
Façamos algo para que voltem aqueles tempos de amizades e benquerença, sincera e leal, como foram os tempos recentes de nossos pais.

III
UMA FAMÍLIA EMPREENDEDORA

8. Família Símbolo de Progresso
A Família Peralta, iniciada no Brasil, por Joaquim e Olívia, é constituída, inicialmente, pelo casal pioneiro e mais  oito filhos.
À partida sediou-se em  Cubatão, Santos, em toda a  Baixada Santista, e em são Paulo. Sempre foi símbolo de Progresso e desenvolvimento humano, com qualidade de vida.
Nas atividades produtivas, a Família Peralta dividiu-se em três subgrupos:
a)    Setor Comercial;
b)    Setor Educacional;
c)    Setor de Tecnologia.

9. Destaque em Frentes Diversificadas
Os oito filhos atuaram, como profissionais de destaque nacional, em
suas especialidades.
Os quatro filhos do meio tocaram o ramo comercial de raiz dos pais; os dois mais velhos e os dois mais novos tocaram a vida, por conta própria, sem relação com o ramo de raiz.
Oito filhos foram abençoados por Deus, como abençoados são todos  os seres viventes, que sabem cumprir seus deveres de cidadãos e sabem respeitar os princípios cristãos..
a)    Setor Comercial
O Comércio, varejista e atacadista, iniciado pelo Patriarca da Família, Joaquim e Olívia, foi o ramo, economicamente, mais destacado da Família, ocupando cinco irmãos e administrando o patrimônio de raiz da família, por acordo restrito, sem provocar celeumas nem alarde.
b)   Setor Educacional
Diferentemente da praxe de muitas famílias portuguesas, Joaquim e Olívia quiseram que os dois filhos  mais velhos e os dois mais novos prosseguissem seus estudos, no Ensino Colegial. Mais tarde todos fizeram Curso Universitário. Isto deu destaque à família, em nível superior.
Os dois mais velhos, seguiram a carreira na Universidade.
c)    Setor de Tecnologia
O filho mais novo destacou-se nas novas tecnologias: Telecomunicações e Informática, com participação dos mais velhos.

10. Diversificação foi e é a Marca  da Família
A presença da Família Peralta foi muito além das empresas que se desenvolveram a partir de Cubatão, iniciadas pelo patriarca da família: Joaquim e Olívia. Destaca-se em outras áreas. Diversificou sua atuação, naturalmente.
Como uma orquestra, a Família toca muitos instrumentos.
A seguir faremos um mapa sumaríssimo da atuação da primeira geração da Família no Brasil.
a) No ramo Intelectual:
O João foi Empresário de telecomunicações e Diretor de Faculdade. Já aposentado, hoje, é velejador, na senda de seus antepassados navegadores.
O José, Dr. pela USP,  destacou-se como Professor da Universidade de São Paulo e como  criador de Faculdades de renome nacional. Aposentado, dedica-se à atividade de pesquisador, conferencista e escritor.

b) No ramo Comercial:
A  área que poderíamos chamar de carro chefe da família, o Comércio iniciou-se em 1956, com o Empório Brasileiro (nome muito sugestivo). Sediava-se à Av.  9 de Abril, 81. Depois sucedido pela Casa Jorge, depois Supermercados Peralta.
- No comércio, varejista e atacadista, destacaram-se cinco irmãos: o Armando, o Antônio, o Basílio, e o Fernando, com Maria de Lourdes. Atuaram no ramo varejista, atacadista e supermercadista.
Maria de Lourdes, depois de assessorar os irmãos, na área comercial, por muitos anos, hoje dedica-se mais a obras sociais  e é Presidente da Escola Superior de Guerra, Secção da Baixada.
c) No ramo Tecnológico:
O Arcanjo, formado em Engenharia Eletrônica, pela UNICAMP, foi um dos pioneiros brasileiros, em telecomunicações, tendo ministrado um curso de telecomunicações na Alemanha. Foi empresário na área de telecomunicações e informática, área em que ainda milita. O João atuou com ele por algum tempo.

11. Uma Experiência Múltipla e Multiforme
Em suma: Podemos afirmar que, se quiséssemos relatar todo o desenrolar da vida  e intervenção social da Família Peralta, apenas destacando os elementos básicos, com os grandes sucessos e grandezas, e alguns dramas naturais à condição humana, essa história não caberia em uma obra  de 15 volumes de 400 páginas cada um.
Estamos diante de um caso paradigmático.
Então fiquemos por aqui, com um único espírito:
Dar Glória a Deus e realçar os valores e as lições que a vida nos disponibiliza, graciosamente: congratularmo-nos mutuamente.

Neste esboço abordamos, sumariamente, apenas a fase de consolidação da Família. A fase das grandes definições dos primeiros 20 anos, no Brasil. Limitamo-nos as decisões iniciais dos oito irmãos, de 1956 a 1976.

IV
EFICIÊNCIA NA DIVERSIDADE

12. Com Trabalho, Todos Prosperaram
Em todos os ramos em que se especializaram, os membros da primeira geração da Família Peralta deram destacada contribuição ao desenvolvimento, à prosperidade e ao bem-estar de sua região e do Brasil.
Cada um soube cumprir o seu dever, com competência, persistência, dedicação e generosidade.
Para o português, de verdade, o real título de nobreza é seu caráter e dignidade: o cumprimento do dever de pessoa consciente, dedicada e competente.
As oito Famílias iniciais, já se desdobraram em quase três dezenas de famílias abençoadas.
As Famílias Peralta vão se desdobrando,  em proporção matemática.
Por toda essa vida que viceja, em torno da grande Família Peralta, só nos resta uma atitude de Ação de Graças:
A Ti, Deus, louvamos e bendizemos...

13. Empreendedorismo é a Marca da Família
Joaquim e Olívia era um casal muito especial, de grande visão espiritual e profissional. Quando puderam, mandaram os filhos estudar. Com muita dedicação e competência, os dois filhos mais velhos tornaram-se professores universitários.
Um deles, com o título de Doutor, foi professor da maior Universidade da América do Sul: a Universidade de São Paulo, onde se aposentou..
Todos os oito filhos  se destacaram profissionalmente.
Todos tiveram sucesso: cinco no comércio, dois na tecnologia e dois no Ensino Superior.
Onde atuou, a família fez a diferença, para fazer  um Brasil melhor para todos. Todos fizeram história, cada um na sua especialidade.
Joaquim e Olívia legaram à Família uma tradição de amor e de dedicação à Família, ao Trabalho, à Confraternização de todos e à contribuição efetiva ao Bem-Estar Social. Deixaram como herança a honestidade, a caridade e o empreendedorismo.

14. Fé e Religiosidade do Casal
O amor familiar foi uma das grandes heranças que Joaquim e Olívia nos  legaram. O amor, para eles, foi eterno.  Continuou após o passamento de Olívia. A morte não os separou, porque o amor os uniu, para sempre.
Pude testemunhar o encontro inconsolado  mas cheio de fé e de vida, de Joaquim e Olívia, já falecida, na madrugada do dia 13 de Dezembro, no Hospital Santa Isabel,  da Santa Casa de São Paulo.
Testemunhei a fé inabalável de um homem tão forte, decidido e  admirável, que ali se defrontava,  impotente, com a sua companheira, agora morta,  mas nas Graças do Pai. Uma companheira de tantos anos de convivência solidária e altiva; uma mulher tão forte, que com ele criara oito filhos e fizera muito mais pela sociedade.
Ela acabava de o deixar. Ele conversou com ela, como se o escutasse...
Era noite, quatro horas da manhã.
Joaquim e Olívia mantiveram, durante todos os seus dias, uma religiosidade espiritual muito própria e profunda, no modelo português tradicional. 
Durante toda a vida, no que pude acompanhar, não dormiam sem rezar, juntos. Com muita lucidez, seguiam  um cristianismo que os  alentava e fortalecia na vida prática.
Rezavam baixinho, discretamente, mas em voz alta.  Podíamos ouvi-los.
A  despedida de Joaquim à sua Olívia, foi quase um  imenso Salmo de Esperança na vida que ali, só, rememorava. Um Salmo original, que só ele, ela e Deus  compreendiam.
De alguma forma, a Igreja sempre esteve no Centro de suas vidas, revitalizando-os, em seus empreendimentos. Para eles, como para muita gente, Deus é alento e força. Para eles, a fé foi a grande força motriz da vida.
Deus é a  força dos fortes. Gostavam  de cantar o Salmo 22:
O Senhor é o meu pastor e nada me faltará...
Deus seduziu Joaquim e Olívia  e os fez  muito fortes na vida.
Admirável essa gente simples, crente e empreendedora. Olívia e Joaquim tiveram, um pelo outro, um amor eterno que sobrepujou a morte. Entenda quem puder.

V
FAMÍLIA ATUANTE E DEDICADA

15. A Mesma Força Matriz a Todos Impele
Originários de muito antigo tronco genealógico, da belíssima região do Distrito de Aveiro, à beira-mar, à beira do Oceano Atlântico, em Portugal, Joaquim e Olívia, implantaram a sua ampla descendência aqui, na Baixada Santista.
 Daqui a família se distribuiu por outras cidades, mantendo sua força matriz original, de uma família que traz progresso, uma família fomentadora do desenvolvimento. Sabendo que ninguém cresce sozinho, a Família estimulou o progresso compartilhado: uma família ousada que não se deixa abalar por dificuldades ou percalços de percurso

16. Fazendo a Vida Acontecer
O Casal Centenário mudou-se para o Brasil, em busca de maiores oportunidades, para os seus descendentes. Para eles nada faltava em Portugal.
Joaquim e Olívia realizam a condição comum dos portugueses, como prognosticava o Magno Pe. Antônio Vieira:
Os portugueses têm Portugal para nascer
e o mundo todo para viver”, para trabalhar,  para amar e para conviver.

17. Brasil, Terra de Oportunidades
O Brasil sempre foi, para os Portugueses, com destaque para muitos outros povos, uma Terra Prometida; uma Terra de Oportunidades.
Nesta terra, em se plantando, nela tudo dá”, já dizia Pero Vaz de Caminha, em carta ao Rei.
Nesta Terra quem tem saúde e se dedica, com carinho e persistência consegue  seus objetivos: prospera e  conquista bem-estar e qualidade de vida para os seus  e para os que o rodeiam, em leais parcerias.
Todos nós, aqui, mais perto ou mais distante, todos somos filhos da imigração. Nossos antepassados optaram pelo Brasil, como terra  acolhedora e cordial.
O Brasil foi, originariamente, terra portuguesa, até crescer e conquistar plena soberania. É país irmãos. Falamos a mesma Língua.
 Joaquim e Olívia  são apenas um desses milhões de casais, que veio para o Brasil, com sua família, ajudando esta terra a ser grande. Um casal discreto, de uma projeção descomunal.
A Ti, Deus, a Glória e o Louvor!

18. Progresso com o Suor do Próprio Rosto
Pai e Mãe, Joaquim e Olívia sempre trabalharam de sol a sol, incansavelmente, com muita dedicação e competência. Cresceram muito, porque muito se dedicaram e enfrentaram dificuldades naturais.
Sempre ganharam o pão e progrediram, com o suor do próprio rosto, dignamente.
O trabalho, a vida sadia e o convívio com os filhos e com os amigos foi para eles o grande objetivo de cada dia.
O exemplo dos pais falou e ainda fala fundo, no coração e na mente  dos oito filhos, netos e amigos.
Joaquim e Olívia são um grande paradigma de vida, dedicação e solidariedade.

Aqui estamos juntos, neste dia, porque todos somos da generosa estirpe  do casal querido. As pessoas generosas sempre se entendem, até sem dizerem nada. Sua presença diz o que o seu coração sente.

19. Uma Família Lusobrasileira
Joaquim e Olívia criaram uma família portuguesa, com certeza.  Por isso foi uma família luso-brasileira que aqui se radicou e aqui se multiplicou, com  nova identidade. Esta família, genuinamente portuguesa, foi se tornando uma família genuinamente brasileira, ou luso-brasileira. As famílias atenderam  à norma que aprenderam,  no regaço materno:
 “À terra onde fores ter, faz como vires fazer”. 
Assim a Família Peralta foi se desdobrando, em muitas famílias luso-brasileiras.

20. Arranque com Patrimônio de Raiz
Joaquim e Olívia, ao virem para o Brasil, para cá trouxeram suas grandes riquezas: seus filhos e seus bens de raiz, que aqui investiram e multiplicaram, ajudando o Brasil a crescer, como povo ousado e sadio.
O rápido arranque  da família só foi possível graças ao patrimônio que trouxeram de Portugal.
Tudo o que trouxeram e tudo o que aqui conquistaram, aqui ficou. Deram sua vida, sua força, sua inteligência e seu trabalho e seu sofrimento, e a sua descendência a este grande país. Suas vidas aqui ficaram. Seus descendentes também. Nada daqui levaram, a não ser o carinho de quantos os conheceram, direta ou indiretamente.
Para aprofundar essas ideias leia, no Apêndice: Herança Lusa.

VI
A FAMÍLIA MULTIPLICADA E PLURAL
(Peralta, um Nome Honroso)

21. Oito Famílias Genuinamente Brasileiras ou LusoBrasileiras
Os oito filhos, todos vivos e saudáveis, graças a Deus,  constituíram oito famílias genuinamente brasileiras. Mais precisamente: Luso-brasileiras.
Muitos dos netos já constituíram família. E a vida continua até ao fim dos tempos.
Já somos mais de três dezenas de Famílias Peralta.
Gente competente, honesta, honrada e trabalhadora é a marca da Grande Família que Joaquim e Olívia aqui inauguraram. Ou melhor para cá transplantaram.

22. Dignidade da Marca Peralta
Para toda a família, é a maior honra  e a maior herança carregar, por toda a vida, a marca Peralta, em sua identidade. Marca muito honrosa, porque honrada.
Nosso Patriarca Joaquim, com Mãe Olívia ao  lado, honra a Vida, honra Portugal, e honra o Brasil. Foi gente honesta, trabalhadora, respeitadora e muito generosa.
Pessoas, como o senhor Joaquim e a senhora Olívia, são os melhores e mais eficientes embaixadores informais do  país que lhe deu origem

23. Vivência do Espírito Cristão
Joaquim e Olívia, foram um casal cristão, dedicado ao próximo. São  honra do Cristianismo e da Igreja, em que viveram: A Igreja Católica.
A sua Igreja lhes deu esperança e alento. Nela se sentiram felizes, como em Casa do Pai.
É gente, como tanta outra gente. Gente vencedora, geradora de vencedores. Gente de princípios humanistas e cristãos. Gente simples, descomplexada. Gente altiva, generosa e produtiva.
A maior herança que deixaram aos seus  foi a honra, a honestidade, o amor ao próximo, o amor à natureza e o amor ao trabalho.
Sempre foram pessoas cultoras da harmonia, da paz, da justiça, do respeito e da dignidade, sempre promoveram a concórdia, a reconciliação

Joaquim e Olívia estarão sempre muito vivos, em nossas melhores lembranças e em nosso amor filial e fraternal. Quem crê em Cristo, vive para sempre.
Disse Cristo: “Quem crê em mim não morre, mas viverá eternamente”. (João 11: 25,26 / 3:16)
Joaquim e Olívia creram profundamente em Cristo e praticaram seus ensinamentos. Então sabemos que viverão eternamente.
Nunca forma órfãos de Deus. O seu Deus sempre foi um Deus vivo e Pai.

24. A Força Genética da Família
Joaquim e Olívia honram sua família, seus agregados e seus amigos. É prazeroso conhecer gente como esta. Eles compartilharam sua vida, com os filhos, netos e amigos. Foram sempre tolerantes nas desavenças. Trabalharam pela paz e pelo bem-estar das pessoas.
Onde a Família atuou, (na Educação, no Comércio e na Tecnologia) levou o espírito de luta, empreendedorismo, coragem, dedicação, firmeza, benquerença e vontade de crescer, com responsabilidade social  e de serviço à comunidade. Levaram prosperidade e promoção humana às pessoas..
A Família Peralta é marca  de qualidade, marca de  prosperidade e marca de desenvolvimento. Esta tendência está marcada na força genética da família. As exceções confirmam a regra.

25. Luzes e Sombras é a Condição Humana
Nem tudo foram dias bons na história da família.
Há muitas luzes e algumas sombras, nesta como em tudo o que é humano.
O que sobressai e permanece é a luz. Todos estão sujeitos às fraquezas da condição humana.
O que fica na história é o bem que se faz.
O mal feito segue outro rumo: a sombra e o esquecimento, sem espaço no futuro.

A sociedade é sábia: o que é bom, o que lhe serve, escreve em granito, para perpetuar para a eternidade. O que é mau escreve nas areias da praia, para que,  na maré cheia, seja apagado e levado ao esquecimento, para sempre.
O esquecimento é pior do que uma condenação à morte, para um racional. É a degradação e a desagregação da vida. Mas esta contabilidade já não está ao alcance  dos mortais.

26. A Família fez e faz a sua Parte
Se, um dia, alguém quisesse escrever uma obra sobre a contribuição de cada membro da Família Peralta ao desenvolvimento humano e econômico do Brasil, teria muito mais a descobrir do que hoje pode imaginar o comum dos observadores apressados.
 Em torno das empresas e instituições da família, muitos milhares de famílias  se agregaram e tiveram  oportunidade de crescer e progredir junto.
Direta e indiretamente, as empresas da Família geraram muitos milhões de postos de trabalhos, nos mais de cincoenta anos de início de implantação de suas organizações.
Nas instituições culturais e educacionais a Família deixou marcas profundas e duradouras, em um número incontável e não mensurável de famílias e comunidades; e ainda não cessou de propalar sua mensagem, em nome de uma  humanidade carente de claridade.
Junto com milhões de Famílias beneméritas, a Família Peralta, nesses 60 anos de ação, vem fazendo a sua parte, por um mundo melhor para todos.

VII
SUCESSOS, PERCALÇOS E SOLIDARIEDADE

27.  Ousadia Multiplicada
Foi em Cubatão que tudo se iniciou. Daqui a ação da Família se espalhou pelo Estado de São Paulo e por outros Estados do País. Hoje, não tem fronteiras.

As oito famílias, a que o casal centenário, Joaquim e Olívia, deu origem, já se multiplicaram em algumas dezenas de famílias luso- brasileiras.
A grande Família Peralta, cada uma delas, engrandecem este País Continental, plenamente integradas na comunidade, aliados ao que o País tem de melhor. Os oito filhos  geraram muitas dezenas de netos e bisnetos.
Todos têm direito a Passaporte e Identidade Portuguesa e Brasileira.

28. Joaquim, um Mito  Vivo e Benfazejo
 O Patriarca Maior da Família será sempre o senhor Joaquim Jorge Peralta.
Joaquim  é muito admirado aqui, nesta terra de adoção, como é muito admirado, em sua terra natal. Até hoje, alguns dizem que ele ainda é muito presente e vivo. Por sua projeção é visto como mito.
O mito é aquilo que  todo homem aspira e onde  se perpetua, como força viva, dizia Fernando Pessoa. O mito não morre.
Joaquim fez sessenta anos de Brasil, neste ano de  2011.
Ele chegou ao Brasil no dia 07 de março de 1951.
Merece ser celebrado, neste primeiro centenário e nos próximos. E nós merecemos celebrá-lo, porque às suas lições de vida demos continuidade, como Joaquim deu continuidade a lições de vida de seus ancestrais, gravadas no subconsciente da coletividade, e adequadas às novas circunstâncias.
Joaquim será sempre celebrado, ao lado de sua altiva, dedicada e amável esposa, Olívia, modelo de mulher, de companheira, de mãe e de cidadã portuguesa e brasileira; modelo de dedicação, carinho e generosidade.
Celebramos os que amamos e que nos amaram e nos amam, para além do tempo e do espaço.
Celebrando nossos ancestrais, celebramo-nos e celebramos a vida. Quem esquece, esquecido será.

29. Uma Vida de Sofrimentos e de Alegrias
Olívia e Joaquim tiveram muitos sucessos e também reveses, como é natural, mas nunca perderam a fé e nem a esperança. O sofrimento foi companheiro de sua existência.
Desenganados pelos médicos, por doenças graves, nunca perderam a esperança. Deus sempre ouviu as suas preces.
Tiveram uma vida de muitos sofrimentos e de muitas alegrias.
A rainha das flores, a rosa, tem sempre espinhos. Assim a vida  dos humanos. Espinhos nunca lhe hão de faltar, nem perfume.
Olívia, mesmo nas horas amargas sempre encontrava algum canto adequado e cantava.
Quem canta seus males espanta”, diz o ditado popular.
No seu jardim sempre houve belas rosas, com espinhos. Nunca desanimaram.
A Senhora da Piedade, Mãe de Cristo, foi seu perene arrimo, o modelo de  mulher que não  se abate  no sofrimento; que pensa mais no próximo do que  em si mesma.
Dedicaram toda a sua vida ao bem-estar dos filhos e da família. E Deus a todos abençoou e os recompensou.
Dizem nossos antepassados:
Se todos cuidarem de sua testada, toda a rua estará limpa”.
Apliquemos esta frase a família e à sociedade.
Por isto aqui estamos reunidos, para celebrar, alegremente, este duplo centenário.
Olívia  e Joaquim bem sabiam  que Deus cuida de quem  dos outros cuida e a outros se dedica. (Outros efetivamente necessitados).

30. Deus não Esquece
Quando a Família construiu uma creche, em São Vicente, para servir aos filhos da Comunidade carente, Mons. Nélson de Paula quis dar-lhe o nome de Olívia de Jesus Peralta, mas ela preferiu que levasse o nome de Nossa Senhora de Fátima. À Senhora de Fátima creditava as bênçãos que possibilitaram a construção da creche. Mas o nome de Olívia estará sempre ligado a essa obra. Ainda que de todos seja esquecida, Deus não esquece. É quanto basta.
Olívia será lembrada como uma pessoa que soube sempre ser generosa, bondosa e carinhosa; uma pessoa simples, altiva e discreta, mas sempre atuante, e sempre presente, onde a família dela precisou.
Ela foi sempre o bálsamo e o sustentáculo moral da família. Foi uma presença permanente, sempre discreta e imprescindível. O sorriso discreto que estimula, reanima e reconforta.
Olívia foi companheira e solidária inseparável e sempre presente, de Joaquim.

VIII
SOLIDARIEDADE FAMILIAR


31. Uma Família Solidária
Joaquim e Olívia foram sempre solidários, um com o outro, e  com todos os filhos, por igual, sem predileção. Em certa circunstância, Olívia fez uma analogia sugestiva:
Vejam a minha mão. Tenho cinco dedos, de que cuido igualmente, e de todos preciso. São todos diferentes, mas são todos meus, a todos quero bem e de todos gosto igualmente.  
Assim são meus oitos filhos: todos diferentes, mas a todos quero bem;  de cada um cuido plenamente, como se cada um fosse filho único.”

 Nas Associações da Igreja, o casal trabalhou por seus  irmãos deserdados; trabalharam pela inclusão social e pela promoção humana.
Joaquim dedicou muitos anos à assistência social dos Vicentinos, na Igreja de Cubatão.

32. Generosidade e Amor pelos Filhos
Foi um casal admirável, de grande generosidade. É um exemplo de vida.
Nunca se incomodaram de sofrer, inclusive carências, para economizar e construírem um patrimônio que desse segurança à família. Ajudaram todos os filhos, por toda a sua vida.
Os filhos aprenderam a lição.
A casa de Joaquim e Olívia era o grande símbolo de uma família unida e solidária. Ali se reuniam todos, nas grandes festas do ano. Dificilmente alguém faltava.
O centro da vida de Joaquim era Olívia, e o centro da vida de Olívia era Joaquim. Um era tudo para o outro.
Desentendimentos sempre tiveram, como é natural, no convívio de pessoas, com identidade própria. Desentendimentos que um bem maior superava.
O que os dois mais amaram na vida foi os filhos e as famílias destes, quando casados. Amaram, intensamente, filhos, agregados e netos.

33. Um Desabafo – Resumo da Ópera
Quando Olívia faleceu, deixou muita tristeza, no coração de Joaquim. Ele não se conformava.
Logo depois que Olívia faleceu, um dos filhos ouviu dele um desabafo, sem  mágoa:
 “Veja filho, agora que terminamos de pagar nossas dívidas, já podíamos, eu e tua mãe, sair um pouco mais e usufruir um pouco mais do que a vida nos oferece. Poderíamos conviver mais, com os nossos filhos e netos, e com os nossos amigos.
Mas para quê?! Deus a levou e me deixou sozinho. Sozinho!
Não consegui dar a ela todo o bem-estar que sempre quis dar, com um pouco mais de descanso. Só trabalhamos a vida inteira. Mas nunca se queixou. Seguiu o destino que Deus lhe deu. Fez o que  lhe competia, com satisfação.
Fomos felizes, com o que Deus nos deu. Não temos de que nos queixar.
Mas nunca tivemos tempo para nós.  Disso sentimos falta. Ela amava a vida.
O que mais  pedia a Deus era a saúde  para poder cuidar de todos. Queria todos com saúde e no bom caminho.
Ela sempre sofreu muito, por doença ou por problemas da vida.
Agora que podíamos descansar e sair mais um pouco, para ir aonde gostaríamos de ir, ela foi embora...
Deus a deu e Deus a levou. Ele sabe o que faz...”
Disse e calou-se, com a voz embargada e a mão direita na testa.
O que Joaquim dissesse de Olívia, poderia ser ouvido da boca de Olívia, se ele tivesse ido primeiro. Mas ainda me pergunto, inquieto:
Por que os dois foram embora tão cedo, em plena vitalidade amadurecida?!
Do meu ponto de vista humano, os dois deixaram-se e deixaram-nos muito cedo. Ainda fizeram muita falta.

34. As Lições dos Fatos
Joaquim muito mais teria a dizer, mas não precisava. Todos nós sabemos um pouco dessa história, que tem muito para nos ensinar. Ou talvez não saibamos quase nada. A vida é para nós um mistério ou um enigma que só alguns conseguem decifrar, ou pensam que conseguem.

Uma das coisas que mais sinto, sem remédio, é não ter tido mais tempo para conversar com meu pai e com minha mãe. Teria muitas coisas para lhes perguntar e que eles teriam prazer em me contar. Ficaram muitos elos perdidos irrecuperáveis.
Um riquíssimo arquivo se escondeu. Mas resta-nos medir os seus passos que muito nos revelam.

35. Uma Lembrança Boa e Benfazeja
Joaquim e Olívia  se amaram muito. Os filhos e netos eram a sua felicidade e o trabalho era a sua alegria. Assim viveram e assim  se foram.
Faltou um pouco mais de atenção. A vida continua.
Deixaram em todos os filhos, netos e amigos, uma lembrança boa, acolhedora e benfazeja: uma lembrança que traz bonança, luz  e alegria.
Assim, Joaquim e Olívia continuam conosco e com nossos amigos, enquanto houver a Família Peralta e enquanto houver vida, onde quer estejamos, para sempre.

36. Ponto de Encontro
Vamos acertar, entre nós, um Ponto de Encontro: sempre que pudermos observar, no céu, a Estrela Polar, também chamada Estrela da Manhã, Estrela D’Alva, no entardecer, à noite ou no amanhecer, pensemos em Joaquim e Olívia, com um sorriso nos lábios. Enviemos um sorriso à vida. Façamos  uma prece singela e silenciosa, por todos os nossos familiares e amigos, para que Deus a todos ilumine o caminho e dê saúde, paz e prosperidade. Façamos isto ao menos uma vez por mês. Melhor uma vez por semana. O quanto nos lembrarmos. Assim reavivaremos nossos sentimentos de solidariedade, numa Família Universal.
Nesta hora, todos nos reencontraremos, no coração de Deus. A vida será melhor para todos. A estrela iluminará nossos caminhos.
Nota: Este texto poderá ter algumas imprecisões. Elas serão corrigidas, logo que verificar a documentação em referência. A quem puder e quiser me ajudar a melhorar e corrigir as falhas, desde já agradeço.